Hoje vou demonstrar
como a geração diploma e os “chefes” que ainda não são
empreendedores e líderes são uma combinação explosiva em nosso
setor.
Profissionais
reclamam que são desvalorizados, patrões reclamam que não encontra
boa mão de obra, vamos ser realista, ninguém vai dar seu suor e
sangue sem receber algo em troca que venha a valer a pena o esforço.
O que eu vejo muito
são funcionários que por algum fator de sorte ou por outros meios
conseguiu virar seu próprio patrão, cresceu porém de forma
desorganizada e começou a contratrar, ele não procura aprender
sobre gestão de pessoas, contabilidade, etc, a preocupação dele é
agir da forma que os antigos patrões dele agiam e que ele tanto
criticava a atitude, o sonho do oprimido se tornou ser opressor.
Ele não sabe
diferenciar o dinheiro da empresa e o seu salário, se a empresa deu
R$15.000,00 de lucro, ele gasta sem pensar em amanhã, sem separar
uma parte para investir, fazer fundo de caixa, ele simplesmente gasta
como se fosse tudo seu, afinal a empresa é dele.
Esse é o “patrão”
que só vê seus funcionários como pessoas preguiçosas e que está
pagando uma fortuna para os ingratos que devem tudo a ele, seus
funcionários reclama e a frase que ele sempre repete é “ A
empresa não vai parar se você sair, se não está satisfeito pede
contas” beleza, porém quando isso acontece, dele começar a perder
sua equipe, reclama que o funcionário é ingrato.
Isso quando ele não
reclama da equipe, porém faça uma análise, ninguém acorda de
manhã e sai de casa entra em qualquer empresa e começa a trabalhar,
ele passa por entrevista, ele sabe o quanto vai ganhar, se a sua
equipe está desmotivada, é que o seu processo seletivo está
péssimo e o reflexo é esse, insatisfação total pelos
funcionários, quando vejo uma empresa com alta rotatividade já
passo pelo outro lado da rua.
Enfim, esse tipo de
patrão acima, que ganhou dinheiro e o conhecimento de empreendedor
não surgiu, é o pior tipo de pessoa para se lidar, acha que só
porque conseguiu as coisas sem estudo, que isso não deve ser
valorizado ou acha que está pagando fortuna.
Agora vamos falar
dos funcionários e da geração diploma, começando por uma frase
motivacional para os colegas trabalhadores.
“Se você não
construir seus sonhos alguém vai te contratar para construir os
deles.”
Vamos lá, uma
analise rápida sobre a situação dos profissionais de T.I, isso se
encaixa em outros segmentos da sociedade também.
É normal escutar “
faça uma faculdade, os salários são ótimos” depois da faculdade
é dito “ faça uma pós/ mestrado” pois assim vai se destacar e
conseguir aquele ótimo emprego, feito isso é dito “ faça
doutorado, pois mestrado já está cheio o mercado e com poucas
vagas, vá em busca de concurso público” enfim, já viu esse filme
antes?
Isso é uma questão
cultural, nossa sociedade despreza os técnicos e supervaloriza o
nível superior, é uma tradição, pois durante muito tempo o nível
superior era coisa da elite e o filho do trabalhador quando conseguia
estudar, só fazia um curso técnico, o ensino superior passou a ser
considerado um meio de ascender socialmente, ter status.
Com as mudanças que
facilitaram o acesso dos brasileiros à graduação e a multiplicação
de instituições dessa natureza aumentou nesses últimos anos, a
facilidade no crédito estudantil empurrou novos alunos no ensino,
afinal no Brasil, a beca é sinônimo de status.
As pessoas ainda
estão associando a ideia de que basta ter um diploma para ganhar
mais, as empresas sempre que publicam uma vaga, está lá a
escolaridade, nível superior.
Entre uma graduação
ruim e uma boa formação técnica, não é difícil saber qual
escolher.
Outro fator é a
criação de vagas, se abre 1.000 vagas na T.I e se formou 20.000
profissionais, já viu a ilusão do nível superior, pois
provavelmente o mercado saturado vai pagar um baixo salário devido a
demanda, além da busca por “ escravos qualificados” uma
verdadeira loucura que acontece